20 de Dezembro de 1868
Por Charles Haddon Spurgeon
no Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.
(Os lucros ajudam na manutenção desse Projeto)
“E o Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um farto banquete com animais gordos, uma festa com vinhos envelhecidos, carnes com tutanos gordos e com vinhos velhos, bem purificados e com borras.” Isaías 25:6
Estamos quase chegando à grande época de festividades do ano. No dia de Natal encontraremos todos da Inglaterra divertindo-se com todo jubilo que puderem sentir. Como servos do Senhor, vocês possuem a maior parte da alegria na pessoa Daquele que nasceu em Belém, assim, convido-os a melhor de todas as ceias de Natal, convido-os ao prato mais nobre que nos faz suspirar na mesa: o pão do céu, o alimento para seu espírito. Eis quão ricas e abundantes são as provisões que Deus providenciou para a grande celebração, a qual Ele deseja que Seus servos se recordem, não apenas agora, mas sim, por todos os dias de suas vidas!
O Senhor, no versículo que temos diante de nós, teve o prazer de descrever as disposições do Evangelho de Jesus Cristo. Apesar de outras interpretações já terem sido sugeridas para este verso, elas são todas monótonas e obsoletas, e totalmente cheias de expressões pobres relacionadas ao que está diante de nós. Quando contemplamos a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, cuja carne é a verdadeira comida e cujo sangue é verdadeira bebida – quando O vemos oferecido no monte determinado, logo, descobrimos uma plenitude de significado nestas benditas palavras de santa hospitalidade: “O Senhor preparará uma festa com animais gordos, carnes cheias de tutano”.
Nosso próprio Senhor gostava muito de descrever Seu Evangelho sob a mesma imagem que é aqui empregada. Certa vez, Ele comentou a respeito da boda de um casamento real: “Meus bois e meus novilhos estão abatidos, e tudo está preparado.” (Mateus 22:4). E não parecia que Ele podia sequer completar a beleza da parábola do filho pródigo sem matar o bezerro gordo e sem terminar com um banquete, com música e dança. Assim como uma festividade na terra é aguardada e estimada como um oásis em meio ao deserto do tempo, o Evangelho de Jesus Cristo é para a alma que foi docemente libertada de sua escravidão e angustia, provando de gozo e alegria. Sobre este assunto pretendemos falar esta manhã, e ansiamos sermos socorridos pelo grande Anfitrião da celebração.
Nosso primeiro tópico será a festa. O segundo será a respeito do salão do banquete – “neste monte”. O terceiro será o Anfitrião – “O Senhor fará uma festa”. E no quarto tópico veremos sobre os convidados – “Ele fará isso para todas as pessoas”.