Sermão pregado na noite de Domingo de 6 de Outubro de 1889,
Por Charles Haddon Spurgeon
No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.
E lido no Domingo, 10 de Dezembro de 1893.
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“Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim” João 12: 31-33
Nosso Senhor participou de uma espécie de ensaio de Sua paixão antes que acontecesse. Quando viu a esses gregos que se aproximaram de Felipe, e que logo André e ele trouxeram para Ele, Seu coração se encheu de alegria. Esse devia ser o resultado de Sua morte: que os gentios fossem congregados a Ele. Esse pensamento lhe recordou sua morte próxima. Estava muito próxima. Só passariam uns quantos dias e então morreria na cruz. Em antecipação do Calvário, Sua alma estava muito perturbada. Não foi assim porque temesse a morte, mas Sua morte ia ser muito peculiar. Ia morrer o Justo pelos injustos. Levaria Ele mesmo nossos pecados em Seu corpo sobre o madeiro, e Sua alma pura e santa rejeitava todo contato com o pecado. Perturbava-lhe ocupar o lugar do pecador e suportar a ira de Seu Pai. Seu coração estava muito alterado e clamou: “E que direi? Pai, Me salva dessa hora? Mas para isso eu vim a essa hora. Pai, glorifica teu nome”. Sem uma maligna debilidade, demonstrou quão verdadeiramente humano era; sem nenhuma queixa pecaminosa diante da vontade de Seu Pai, contemplou que terrível era essa vontade, e estremeceu-se ao ver tudo o que ela incluía. Isso foi uma espécie de ensaio do Getsêmani. Era dar um gole dessa taça da que posteriormente beberia, até que Seu suor se convertesse em grandes gotas de sangue sobre a terra, enquanto Sua alma inteira elevava a angustiante petição: “Meu Pai, se é possível, passe de mim esse cálice; mas não seja feito o que eu quero, mas sim como tu queres”. Continue lendo